11 de fevereiro de 2013

A certeza no meio das incertezas

ERA UMA VEZ... uma fase de dúvidas e incertezas, de perguntas sem respostas.

Angustia-me a busca por respostas fechadas que não encontro. Tortura-me a auto-exigência do perfeccionismo e de não me dar o direito de errar. Uma pergunta pode ter mil respostas, depende de quem responder a questão.

A vida tem muitos caminhos, como fazer as escolhas certas? Seguir a mente ou o coração? Existe escolha certa? Tudo implica em vantagens e desvantagens. O que levar em conta então para escolher? Num mundo onde o mais certo é a mudança... como ter certeza de algo? Se tudo muda, não podem as certezas também mudarem? Se toda decisão implica em reavaliar, revisar, redirecionar, repensar, conforme o contexto, há segurança para alguma escolha? Se não há mais estabilidade e o que é hoje poderá não ser mais amanhã, pode haver equilíbrio? Vivemos numa realidade flexível e totalmente adaptável. É difícil ver tantas mudanças como oportunidades de crescimento. Mais fácil é encarar como obstáculo, barreira, pedra no meio do caminho que não é desejada. Frustrações do passado, arrependimento constante, mesmo que em pequenas doses. Cansaço presente pois o que nos reserva o futuro? Futuro, sinônimo de angústia, ansiedade, preocupação. Mesmo sabendo que o passado é história, foi, não voltará mais. Mesmo reconhecendo que o futuro nunca chega. Diante de toda essa situação, é raro vivenciarmos cada momento como único, pois a vida acontece hoje, agora, no momento presente. Sem planejamento, há receios e temores. Com planejamento, há dúvidas, ansiedade, angústia... será que vai dar certo? Como fazer as coisas acontecerem o quanto antes?

O tempo às vezes responde algumas dessas perguntas anteriores. Umas demoram, outras demoram mais ainda. Outras nem são respondidas. Será que fazemos as perguntas certas? Talvez  aí esteja o erro. Então percebemos que apesar de todas as responsabilidades que assumimos, tudo parece grande demais para simples seres humanos errantes e mortais. Temos medo de assumir responsabilidades. Só que não adianta fugirmos, faz parte do nosso viver. Reclamar não vai resolver nada, só piorar ainda mais o cenário. Nossas limitações nos angustiam. Fazem-nos ver que somos pequenos, fracos, mal agradecidos, enfim, dependemos uns dos outros, e de Deus. Nossa única certeza deve ser que Deus conduz nossa vida de forma sábia e poderosa. Somos dele e precisamos dele para vivermos como lhe agrada e para o nosso bem. O melhor é Deus que conhece. Por todas essas dúvidas, incertezas e perguntas sem respostas, precisamos ouvir: "Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e o a mais ele fará." Sl 37.5.
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